Descoberta da ilha de Porto Santo (1418)
"Voltou o Infante D. Henrique de Ceuta tão animado para descobrir novos mares e terras que (...) depois de bem instruído em tudo o que dizia respeito à geografia e de ter interrogado muitas pessoas que viajaram pelo mundo (...) enviou João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz, cavaleiros de sua casa, num pequeno navio, com instruções para percorrerem a costa até vencer aquele formidável cabo (...) Antes de chegarem à costa de África passaram tais trabalhos que temeram ser tragados pelas ondas. O vento obrigou-os a afastar-se e foram ter sem saber (...) à ilha a que deram o nome de Porto Santo, porque assim lhes pareceu ele depois da tormenta por que passaram."
Manuel Faria e Sousa em Ásia Portuguesa (adaptação)
Descoberta da ilha da Madeira (1419)
"Pouco tempo depois mandou o Senhor Infante uma caravela para visitar a ilha descoberta de Porto Santo (...) E passaram além directamente à ilha chamada da Madeira (...) Estava toda cheia de árvores, cedros e outras espécies (...) Não muito tempo depois, (...) João Gonçalves Zarco pediu a capitania daquela ilha ao Senhor Infante dizendo que iria para ali com (...) sua família e a povoaria. Agradou isto ao senhor Infante e preparou caravela mandando porcos, ovelhas e outros animais domésticos (...) Começaram a semear trigo e aveia e era tão fértil o solo que uma medida dava cinquenta e mais (...)
Pouco tempo depois um cavaleiro de nome Tristão pediu ao senhor Infante que lhe desse a outra parte da ilha (...) E ficou a ilha repartida assim: a parte ocidental (...) ficou para João Gonçalves Zarco a qual é muito fértil e onde há trigo com fartura, óptimo vinho, canas-de-açúcar de que fabricam açúcar em tal quantidade que é exportado (...) A parte oriental da ilha (...) ficou pertencendo a Tristão Teixeira onde também cresce tudo o que se disse (...)"
Diogo Gomes em A Relação dos Descobrimentos da Guiné e das Ilhas (adaptação)
Descoberta das ilhas dos Açores (1427)
"(...) Viram terra a ocidente além do cabo Finisterra a umas trezentas léguas que eram ilhas; entraram na primeira desabitada e acharam muitos açores e muitas árvores; e foram à segunda (...) também despovoada e com muitas árvores e açores, onde além disto encontraram muitas águas quentes naturais de enxofre.
Daí viram outra ilha (...) cheia de arvoredos e muitos açores.
E descobriram ali perto outra ilha agora chamada Faial.
E imediatamente outra ilha a duas léguas desta, agora chamada ilha do Pico; esta ilha é um monte de sete léguas de altura (...)
Os navios voltaram a Portugal, anunciando a notícia ao senhor D. Henrique que se alegrou muito (...)"
Diogo Gomes em A Relação dos Descobrimentos da Guiné e das Ilhas (adaptação)
"Voltou o Infante D. Henrique de Ceuta tão animado para descobrir novos mares e terras que (...) depois de bem instruído em tudo o que dizia respeito à geografia e de ter interrogado muitas pessoas que viajaram pelo mundo (...) enviou João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz, cavaleiros de sua casa, num pequeno navio, com instruções para percorrerem a costa até vencer aquele formidável cabo (...) Antes de chegarem à costa de África passaram tais trabalhos que temeram ser tragados pelas ondas. O vento obrigou-os a afastar-se e foram ter sem saber (...) à ilha a que deram o nome de Porto Santo, porque assim lhes pareceu ele depois da tormenta por que passaram."
Manuel Faria e Sousa em Ásia Portuguesa (adaptação)
Descoberta da ilha da Madeira (1419)
"Pouco tempo depois mandou o Senhor Infante uma caravela para visitar a ilha descoberta de Porto Santo (...) E passaram além directamente à ilha chamada da Madeira (...) Estava toda cheia de árvores, cedros e outras espécies (...) Não muito tempo depois, (...) João Gonçalves Zarco pediu a capitania daquela ilha ao Senhor Infante dizendo que iria para ali com (...) sua família e a povoaria. Agradou isto ao senhor Infante e preparou caravela mandando porcos, ovelhas e outros animais domésticos (...) Começaram a semear trigo e aveia e era tão fértil o solo que uma medida dava cinquenta e mais (...)
Pouco tempo depois um cavaleiro de nome Tristão pediu ao senhor Infante que lhe desse a outra parte da ilha (...) E ficou a ilha repartida assim: a parte ocidental (...) ficou para João Gonçalves Zarco a qual é muito fértil e onde há trigo com fartura, óptimo vinho, canas-de-açúcar de que fabricam açúcar em tal quantidade que é exportado (...) A parte oriental da ilha (...) ficou pertencendo a Tristão Teixeira onde também cresce tudo o que se disse (...)"
Diogo Gomes em A Relação dos Descobrimentos da Guiné e das Ilhas (adaptação)
Descoberta das ilhas dos Açores (1427)
"(...) Viram terra a ocidente além do cabo Finisterra a umas trezentas léguas que eram ilhas; entraram na primeira desabitada e acharam muitos açores e muitas árvores; e foram à segunda (...) também despovoada e com muitas árvores e açores, onde além disto encontraram muitas águas quentes naturais de enxofre.
Daí viram outra ilha (...) cheia de arvoredos e muitos açores.
E descobriram ali perto outra ilha agora chamada Faial.
E imediatamente outra ilha a duas léguas desta, agora chamada ilha do Pico; esta ilha é um monte de sete léguas de altura (...)
Os navios voltaram a Portugal, anunciando a notícia ao senhor D. Henrique que se alegrou muito (...)"
Diogo Gomes em A Relação dos Descobrimentos da Guiné e das Ilhas (adaptação)
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