quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

RENASCIMENTO: A PINTURA


O Casal Arnolfini
É magnífica, a pintura renascentista. Além do apuramento técnico, há muito a observar sobre esta forma de arte. Comecemos pela atenção ao pormenor, bem visível nas pinturas do Norte da Europa.
Destacamos Van Eyck.
Repara bem na mestria com que estão pintadas as roupas das pessoas. E o cão? E o espelho (olha para o pormenor, apesar de a reprodução ser de pouca qualidade)?
Já vês melhor o ponto de fuga?
Segue, de novo, as linhas oblíquas com o olhar. Ninguém diria que existe tanta racionalidade no estudo prévio, de tal modo tudo parece natural.
Mas se repararmos bem em todas as pinturas, constataremos a grande preocupação com o equilíbrio da composição e adistribuição das formas. É assim, ou não?
 Se repararmos melhor, verificaremos como é frequente, tal como na escultura, a composição piramidal.
 Leonardo da Vinci
Virgem dos Rochedos
Rafael, A Escola de Atenas
.                                                                                            

 Leonardo da Vinci
Santa Ana, a Virgem, o Menino e S. João Baptista
 De seguida, observemos o naturalismo que os pintores procuram alcançar: ser fiel à realidade, retratar tudo como se fosse verdade é um grande desafio para os pintores, mesmo quando pintam figuras mitológicas ou que nunca conheceram. Reparemos, ainda, como a natureza está presente em grande número destas pinturas. Na verdade, os pintores renascentistas tiveram o cuidado de, na pintura, demonstrarem o apreço pela natureza e o conhecimento que dela têm. .........

Sandro Boticelli, Nascimento de Vénus
Sandro Boticelli, Nascimento da Primavera













Teto da Capela Sixtina
Capela Sixtina, visão Juízo final
 (parede do fundo da Capela Sixtina)







 Vejamos, ainda, a diversidade dos temas tratados: religiosos, mitológicos (greco-romanos), cenas da vida quotidiana, retratos, etc. É frequente o recurso à figuração do nu, mostrando, com isso, o apreço pela Antiguidade Clássica e avalorização do corpo humano.
 Miguel Ângelo, tecto da Capela Sixtina Miguel Ângelo,
 Juízo final (parede do fundo da Capela Sixtina) ......
Capela Sixtina, visão geral........................
Capela Sixtina (pormenor da Criação do Homem)
Capela Sixtina (pormenor da Criação do Homem)

Tal como por toda a Europa, também em Portugal se pintou segundo os modelos clássicos e foram utilizadas as novas técnicas: pintura a óleo e perspectiva.
Entre nós, no entanto, é flagrante a influência da pintura do Norte da Europa, devido às estreitas relações económicas e políticas que ligam a Flandres a Portugal.

 Painéis de S. Vicente de Fora
 O mais notável exemplar da pintura portuguesa são os painéis de S. Vicente de Fora, políptico atribuído a Nuno Gonçalves.
Aqui ficam, numa montagem que não está lá muito bem feita, mas que foi o melhor que consegui fazer.
Grão Vasco,S. Pedro
 O pintor português que mais obra nos legou foi Vasco Fernandes que, por ser tão importante, ficou conhecido por Grão Vasco.
São dele as duas pinturas seguintes.
Procura interpretá-las, exactamente, do mesmo modo que interprestaste as anteriores.
Grão Vasco, Pentecostes








 Espero que tenhas sentido, pela arte renascentista, o mesmo deslumbramento que eu sinto. Ficaria muito feliz!

 CARACTERÍSTICAS
 Pintura a óleo 
Uso da tela 
Perspetiva 
Sfumato 
Composição em pirâmide
 Naturalismo
 Retrato 

BASÍLICA DE S. PEDRO
BASÍLICA DE S. PEDRO
 Os edifícios demoram muito tempo a construir, mais ainda, se se trata de construções grandiosas como a Basílica de S. Pedro em Roma.
Vista geral da Praça de S. Pedro no Séc. XVIII.
Ao longo dos tempos mudam os arquitectos; adaptam-se os planos originais (ou transformam-se) aos novos gostos, etc.
A Basílica que hoje conhecemos (existia uma anterior) começou a construir-se em 1506, por ordem do papa Júlio II que confiou as obras ao arquitecto Bramante.
 Essas obras só terminariam em 1627, ou seja, 20 papas e muitos arquitectos depois.
 Destacamos Miguel Ângelo (a cúpula) e Bernini (que criou aquela magnífica colunata que ladeia o edifício principal.
 Oficialmente, no entanto, as obras só foram dadas por concluídas em 1799!
 Observa bem as imagens:
 Este era o edifício que existia antes de o papa Júlio II determinar a construção de um edifício mais de acordo com os gostos renascentistas.
Ver a planta que Bramante tinha imaginado: era em cruz grega (com os braços do mesmo tamanho).
No entanto, a planta actual é em cruz latina.
Vista geral da Praça de S. Pedro actualmente.
Observa bem a colunata de Bernini.

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